4º Massacre Quaternário
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 O Distrito 11

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Sirius Granpawn
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Sirius Granpawn


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MensagemAssunto: O Distrito 11   O Distrito 11 EmptySeg Jan 27, 2014 8:21 pm



DISTRITO 11

Toda a população do Distrito estava aglomerada na praça, esperando a chegada de Ivy Gransden. Todos pareciam desanimados para ver a vitoriosa da edição.


- Senhoras e senhores, apresento-lhes a vitoriosa do 4º Massacre Quaternário!


Alguns aplaudem, outros a olham torto. A família de Stefano (pai e mãe) e a família de Risa (pai e mãe, o irmão estava no palco, sentado em uma cadeira) estão nos espaços reservados para a família dos tributos caídos.


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Stefano Jared

Stefano Jared


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MensagemAssunto: Re: O Distrito 11   O Distrito 11 EmptyTer Jan 28, 2014 2:36 pm

Condor Jared e Hodora Jared


    Condor

    [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
    O velho senhor olha de forma anormal para a menina, a mais nova vitoriosa. Ridículo. Ele observa a garota dos pés a cabeça e diz.

    - Talvez tenha sido melhor assim. Aquele seu filho jamais poderia ter sido o vencedor! - o velho diz com a voz áspera e firme. - Ele nunca foi como o irmão, sempre fora uma decepção, vendo-o com aqueles trijeitos, querendo ser como o irmão... Ele nunca será como Stevan. NUNCA!

    Hodora

    [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

    - Você é que é ridículo, Condor! - diz mãe de Stefano com raiva. - Nosso filho fez tudo que podia ter feito, ele é um herói! Não matou um tributo se quer... Estou orgulhosa dele.

    - Ele não fez nada porque se apaixonou. Aquela idiotazinha drogada influenciou todas suas escolhas. A forma como ele morreu é ridícula. Ter exposto o nome da família foi ridículo.

    O velho caminha em direção a vencedora do distrito e grita.

    - Você é ridícula, Ivy! Todos são! Desde você e esse monstro que está dentro de ti, e aquele moleque que morreu... Herói, herói mesmo foi Stevan! Todos você são... - o velho fora interrompido por um pacificador, seu sobrinho, Stiven.

    - Sinto muito titio - disse o homem, segurando o velho pelo braço e o tirando dali.

    A mãe de Stefano caminha em direção ao palco, e diz com a maior força dentro dela.

    - Parabéns, Ivy. Você fez tudo que pode. Agora, cuide desse bebê. É a única lembrança que irá restar de Stefano... - Seu joelho se dobra e a senhora desmorona de tantas lágrimas em meio a multidão.


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Ivy Gransden

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MensagemAssunto: Re: O Distrito 11   O Distrito 11 EmptyTer Jan 28, 2014 6:08 pm



Ivy Gransden


A minha viagem para o distrito 11 foi bastante calma. Depois do meu pequeno ataque de histerismo caí numa enorme apatia. Hector tentava falar comigo mas não obtia a menor resposta. A acompanhante do Capitólio tentava animar-me com as parvoíces dela, mas eu estava tão dentro do meu mundo que nem a ouvia bem. Tinha que arranjar postura para fazer o discurso no distrito 11.

Mas como? Parecia maldição que as duas pessoas que se sacrificaram por mim era de distritos tão próximos. Ainda não me recompus do distrito 12 e aqui estou eu a caminho do 11, a terra-natal da rapariga que me deu a vitória. Era suposto estar natural e bem disposta? Conseguiria eu, depois disto, voltar à minha boa disposição? À minha normalidade?

Depois de chegar-mos, o meu humor melhor um pouco. Já conversava minimamente com as pessoas, pelo menos. Como nos restantes distritos, os vitoriosos anteriores do distrito estarão presentes no palco. Nunca liguei muito para os vitoriosos anteriores, mas Hector me chama e me aponta para um dos mais jovens.

-Aquele é James Wood, é irmão da Risa. - indica Hector.

Essa revelação me deixa angustiada. Olho o homem por um tempo, devemos ter mais ou menos a mesma idade, mas quando ele ganhou ainda era um garoto. Vejo como ele anda nervosamente, e a expressão do seu rosto é de dor. Ele poderia estar com sua irmã agora..

Ao menos assim, tenho uma chance que não tive no distrito 12, a de falar com alguém cara a cara. Antes que nos chamem para o palco vou até ele, sinto minha coragem fugir, então antes que desaparecesse totalmente chamo-o.

-James! - ele me olha surpreendido. - meu nome é Ivy... eu... eu só queria te dizer que sinto muito pela sua irmã... ela era uma grande mulher... sei que não há nada do que eu lhe possa dizer que vá fazer você me odiar de menos.. mas acredite que eu sei que ela teria mais chances de estar aqui que eu... e que.. eu preferia isso.. se não fosse por meus filhos... eu preferia isso mesmo...

Antes que ele pudesse responder, Hector me chama, e eu entro no palco, pouco tempo depois ele senta-se numa das cadeiras para os vitoriosos e como o restante distrito 11, espera o meu "grande discurso"

Olho os pais de Risa, e os pais de Stefano, o garoto do que a acompanhou, e que eu nunca vi durante os jogos. Os pais dele parecem inquietos e estar a discutir algo. Então o homem se vira diretamente para mim. Me chamando de ridícula. E ao meu filho de monstro?! Isso eu não admitiria!

-Senhor Iared, eu entendo sua dor, mas não vá aí insultando meu filho! Deixe minha família fora de sua ódio por mim! - pouco depois ele é retirado, me lembro subitamente do que aconteceu no distrito 14 e me sinto preocupada pelo que possa acontecer ao homem. Afinal ele tem todos os motivos para me odiar..

Mas vejo que o pacificador o conhece e mostra até algum carinho por ele, o que me alivia um pouco... a mãe de Stefano vem então falar comigo, palavras mais carinhosas, mas então ela se desmorona em lágrimas..

-Cuidarei. - respondo sorrindo para ela, mas meus sorriso não é o que ela quer, ela queria mais que tudo o sorriso de seu filho... e isso ela não irá ter..








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Risa Wood

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MensagemAssunto: Re: O Distrito 11   O Distrito 11 EmptyQua Jan 29, 2014 3:06 pm


Risa Wood


    O dia amanheceu nublado. Marta não estava ansiosa, tampouco entristecida. Mas ir até a praça para ver a vitoriosa dos Jogos Vorazes sabendo que não seria sua filha lhe partia o coração, principalmente porque ela havia chegado tão perto da vitória. Os três caminharam em silêncio rumo à praça do Distrito 11, Jorge amparando Marta, e James ao seu lado, sempre em silêncio. Ele não mudara nada desde a morte de sua irmã. Continuava calado e pouco sociável.

    Ao longe surgiu Brian. Estava atrasado. O rapaz cumprimentou Marta e deu um abraço contido em Jorge. Brian e James não se falavam, por nenhum motivo especial, já que James não falava com ninguém desde sua volta dos jogos. Sem ter palavras de conforto, já que ele próprio não se sentia conformado com a perda da amiga, logo seguiu para o meio da multidão. Desde o início dos jogos que Brian não tinha mais contato com Jorge e Marta Wood. A garota, ela era o único motivo para a aproximação do rapaz. Obviamente ele não tinha mais motivos para continuar frequentando a casa.

    O garoto se sentia profundamente culpado. Ouvira a melhor amiga dizer que era apaixonada por ele quando estava indo de encontro à morte. Se sentia culpado por não corresponder aos sentimentos da garota que ele sempre enxergou como uma irmã mais nova. Analisou por horas a fio suas atitudes com Risa. O que ele poderia ter feito para fazer a garota se apaixonar? Ele não entendia. Recebeu a notícia do amor platônico da menina por ele como algo incestuoso, e se sentiu pior ainda por não amá-la da mesma forma. Ele havia perdido aquela que devia ter protegido até o fim. Foi covarde para se voluntariar. Se estivesse ao seu lado na arena não hesitaria em matar Ivy e fazer a garota ter a chance de uma vida feliz.

    Porque ela havia se matado?, Brian se perguntou por diversas vezes. Não adiantava o quanto se questionasse, ele não encontrava as respostas para suas perguntas.

    O espaço reservado para a família trouxe Marta de volta à realidade. Sua filha não estava lá, e não voltaria. A garota dera a vida por outra, e Marta se recusava a aceitar que sua filha se fora por escolha própria. A mulher desabou em lágrimas ao subir no pequeno espaço, sendo amparada pelo marido.

    Jorge também não entendia a escolha da filha. Não entendia o motivo de sua derrota premeditada. Mesmo assim era seu dever acalmar a mulher, que tentava a todo custo parecer forte desde o momento em que viu a filha se matar com a própria foice. Jorge abraçou Marta pelos ombros, tentando mantê-la firme ao seu lado. Seus olhos varreram ao redor, procurando pelo filho.

    James Wood estava pensativo após as palavras da vitoriosa dirigidas a ele. James acompanhara cada momento, passo e decisão de sua irmã. Até nos momentos mais tensos e difíceis ele estava lá, assistindo, enquanto sua mãe tinha ataques histéricos e precisava ser medicada.

    James se pôs ao lado da mãe e segurou sua mão. Sua cabeça girava e se dividia em mil e uma direções. Estava cansado de ouvir seus pais se lamentando pela perda de Risa. Julgando as escolhas da garota. James estava cansado de ficar calado e guardar seus pensamentos para si mesmo.

    ― Ela não morreu por você! ― James se ouviu gritando para Ivy.

    Olhares assustados dardejaram o rapaz que era conhecido por nunca falar ou mesmo interagir com qualquer pessoa. Todos pensaram que James iria piorar seu comportamento após a terrível perda. Marta chorou ainda mais ao ouvir seu filho falando abertamente. Jorge não sabia o que fazer, estava chocado demais para intervir no momento de desvairo de seu filho. James respirou fundo e continuou:

    ― Eu sei o que é se sentir culpado por matar alguém. Eu consegui ver... EU VI!!! Eu vi a dor nos olhos de Risa quando ela matou aquela mulher. Eu soube como ela se sentia no momento em que ela voltou a si para fugir da cornucópia. ― James limpou uma lágrima incômoda que brotou de seus olhos. ― Minha Risa teria ido muito antes, se não fosse pelo filho deles ― disse, apontando para os pais de Stefano. ― Ele manteve minha irmã sã enquanto esteve lá dentro. Eu quase pude sentir o desespero dela quando se viu sozinha no escuro, sem o alicerce que mantinha de pé. ― James deu um passo à frente. Suas palavras eram dirigidas aos pais de Stefano. ― Ele pode não ter sido o herói dos Jogos Vorazes, mas pode ter certeza de que foi um herói para minha irmã. ― James encarou a multidão tomando coragem para continuar falando. ― Ela foi mais corajosa que eu. Eu não tenho vida. Eu matei uma pessoa e isso e assola todos os dias. TODO O TEMPO!

    Jorge segurou o braço do filho tentando contê-lo, mas James desvencilhou-se do aperto do pai.

    ― Risa deu sua vida por uma boa causa. Deu a possibilidade de um futuro para você e seu filho ― ele falou, dirigindo-se a Ivy. ― Mas ela não morreu por você, tampouco por seu filho. Risa morreu por si mesma. Faria sentido ela viver uma vida pela metade, onde o sangue em suas mãos a assombraria por toda a vida? E isso, sem contar que havia outra pessoa que aproveitaria muito melhor a oportunidade de viver. Você. Eu soube qual seria a decisão de Risa no momento em que ela soube que você estava grávida. Ela matou por impulso na cornucópia, tentou matar por Stefano na Ilha Sul, e sabia que valeria a pena matar por você, para que alguém honrado pudesse ganhar. Alguém que não ficasse como eu, ou como ela provavelmente ficaria se estivesse viva. Não precisa ter coragem para matar alguém. Mas precisa ser MUITO CORAJOSO ― ele gritou, sem conter as lágrimas ― para dar sua vida por alguém. De qualquer forma... ― James deu de ombros, virou as costas e desceu do espaço familiar ― ela não morreu por você. Morreu por uma boa causa.

    Marta desatou em um choro desesperado enquanto abraçava seu marido. Ela havia entendido, mesmo assim não se conformava de não ter seu pequeno anjo ao seu lado. Brian encarava James com os olhos arregalados de espanto. Nunca havia pensado por esse lado. Nunca vira Risa como uma garota tão frágil quanto ela realmente era. Sentia naquele momento que nunca conheceu de verdade a melhor amiga.

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MensagemAssunto: Re: O Distrito 11   O Distrito 11 EmptyQua Jan 29, 2014 5:37 pm



Ivy Gransden


Eu estava acabando meu discurso quando James o interrompe para falar da irmã. Parece ser um grande choque para as pessoas do distrito, vê-lo falar abertamente. Ele fala de sua irmã, com muita paixão, e mostra a sua gratidão por Stefano.. Um homem que todos acham tão calado, consegue se expressar de uma maneira que eu não consigo..

Fico ouvindo-o falar, focando cada palavra que ele diz. E ele me lembra de algo que ainda não tinha cruzado minha mente. Até aí parecia uma memória distante e desfocada. Mas a realidade é que eu também tenho sangue nas minhas mãos... Apesar de não ser um sangue tão inocente quanto isso, pois ele de facto matou o Ion e a garota do 1... mas ele também era amado por alguém, e de certo estaria a lutar por eles como eu lutei pelos meus..

Sinto lágrimas jorrando pela minha cara, eu já sabia tudo o que ele tinha dito, mas ouvir alguém defender tão bem os seus entes queridos, provoca em mim uma certa emoção.

Aproximo-me do homem, que estava mais atrás de mim no palco e dou-lhe um abraço, não sei se ele terá nojo de mim, mas era algo sincero, não pude dar à irmã dele, mas queria dar a ele, e ele merecia consolo.

-Eu sei isso, James. - digo. - Sua irmã era uma grande mulher, e eu vou estar-lhe eternamente grata.








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